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CERIMÔNIA DA BAGARRE
(A cerimônia é toda ela cantada e proclamada. O travessão na frente das frases indica a alternância entre os proclamadores).
Canto (Toca o sino duas vezes).
– Cavaleiros, atenção!
– Flectate genua.
(Canto) De lamentacione Jeremiae Profetae
– De Profundis clamavi, ad te Domine! Domine, exaudi vocem meam.
– Bem poderia suplicar a cristandade em ruínas! Destruídas foram suas muralhas, dispersas as pedras e em pó reduzidas.
– Os estandartes que sobre suas torres tremulavam na lama, agora rolam atirados ao solo por aqueles mesmo que os portavam.
– As graças e dons que dela faziam a cidade de Deus aos esplendores do Padre eterno, se recolheram...
– Mas se ao menos a Catedral que em seu cerne se erguia intacta estivesse abandonada, infiltrada e traída, aos poucos foi sendo desfigurada e prostituída. A abominação da desolação instalou-se no lugar sagrado.
– Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se a dor semelhante a minha dor. Ouvi ó povos todos o brado lancinante que ao Céu se ergue implorando vingança.
– Clama por vingança o sangue infinitamente precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo.
– Ao trono de Deus sobe o inocente sangue de todos os justos, que desde Abel até os nossos dias foram mortos pela maldita raça da serpente.
– Bradam aos céus os estandartes caídos, as torres e muralhas desmanteladas.
– Por vingança, sobretudo clama o desfiguramento da Santa Igreja, cidade de uma beleza perfeita e alegria do mundo inteiro.
(Voz de comando) – Cavaleiros, levantar!!!
(Som de botas batendo com força ao chão).
(Voz de comando) – Cavaleiros, para tirar o capuz!
(Som de órgão).
– Entretanto, senhor, (referindo-se a Plinio Corrêa de Oliveira) como torre de ouro de virgindade, do fundo deste abismo e com o cimo tocando no próprio coração imaculado e sapiencialmente monárquico de Maria, vos erguestes em toda vossa alcandorada inocência e sacral senhorio!
– Manifestantes, Ó varão da destra de Maria! Vossa grandeza soberana, sacrificada e dadivosa e incondicional escravidão a santíssima virgem.
– Brilhando em meio às trevas neste século de maldição, vossa vida é a afirmação mais protuberante da onipotência infinita superioridade do próprio Deus!
– Discípulo perfeito de Nosso Senhor Jesus Cristo, vós amorosamente osculastes abraçaste e carregastes a enorme cruz com que a Providência vos galardoou.
– Consumido de inextinguível zelo pela glória da Santíssima Virgem, inúmeras vezes transformastes essa cruz em gládio para extirpar vossos adversários, e este gládio em cruz para soerguer a santa igreja e restaurar a civilização cristã.
– Porém... para saciar vossos anseios, senhor, não bastava carregar o imenso sacrifício da fidelidade do isolamento.
– Não bastava de cabeça erguida aguentar no peito o ódio do mundo inteiro.
– Não bastava o fragor de uma luta sem trégua nem quartel contra a hidra revolucionária.
– Não bastava reduzir ao humilhante silêncio os potentados das trevas pela angélica contundência de vossas denúncias e pela inquebrantável lógica de vossos argumentos.
– Para vós, ó senhor e pai nosso! Nada disso era suficiente.
– Vossa alma voava mais alto.
– Vosso coração ardia com labaredas ainda mais ardentes.
– O firmamento inteiro não seria suficiente para conter o vosso fogo.
– Quisestes, então, senhor, oferecer a Maria santíssima o único holocausto digno dela: o sacrifício da vossa sacral pessoa.
– Assim transformastes uma vez mais o gládio em cruz. Abraçando-a, osculando-a e deixando-vos nela pregar, desfechastes supremo golpe.
– E no instante que vossa alma de profeta e de vítima cruzava os umbrais da eternidade, a revolução recebia em sua fronte o selo da morte.
– Só isso? Não!
– Muito maior é o preço de vosso sangue, senhor.
– Vosso holocausto resgatou definitivamente do abismo onde jaz, quase morta e esquecida, a cristandade, o mais belo lírio brotado ao pé da cruz do Divino Redentor.
– Vosso holocausto – ó mistério insondável – reconstruirá por completo as muralhas sagradas da Santa Igreja Católica, nascida do flanco aberto do homem Deus e traída agora por seus próprios sentinelas.
– Desplumados esses por vossa ação, ressurgirá ela quão terna menina, embalados em vossos braços fortes e virginais.
– Vosso holocausto, ó profeta de Maria, atraiu sobre a terra as chamas ardentes do fogo com que o Divino Espírito Santo queimará tudo que nela há de péssimo e incendiará de amor todas as almas eleitas pela Providência.
– Vosso Holocausto, ó Patriarca da Altíssima, alcançou para Nossa Senhora o triunfo mais glorioso, a era mais abençoada, a civilização mais esplendorosa que que os séculos jamais conheceram: O REINO DE MARIA.
– Ah, bendito o 3 de outubro de 1995!
(Som de botas batendo com força ao chão).
(Voz de comando) – Cavaleiros, ao compasso! Marcar passo! Em frente!
(Música)
No me mueve, mi Dios, para quererte
el cielo que me tienes prometido, 2X
ni me mueve el infierno tan temido
para dejar por eso de ofenderte. 2X
(Voz de comando) – Volver.
Tú me mueves, Señor, muéveme el verte
clavado en una cruz y escarnecido,
muéveme ver tu cuerpo tan herido,
muévenme tus afrentas y tu muerte.2X
(Voz de comando) – (inaudível) ... VOLVER.
(Música)
Mon Dieu, Mon Dieu, donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Donne-moi l'ardeur au combat.
Mon Dieu, Mon Dieu, donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Et puis la gloire au combat, et puis la gloire au combat.
Mon Dieu, Mon Dieu, donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Donne-moi l'ardeur au combat.
Mon Dieu, mon Dieu, donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Et puis la gloire au combat, et puis la gloire au combat.
Ce dont les autres ne veulent pas,
Ce que l'on te refuse,
Donne-moi tout cela, oui, tout cela.
Je ne veux ni repos, ni même la santé
Tout ça, mon dieu, t'est assez demandé.
Mais donnes-moi, mais donnes-moi,
Mais donnes-moi la foi
Donne-moi force et courage,
Mais donnes-moi la foi, donnes moi force et courage,
Mais donnes-moi la foi
Pour que je sois sur de moi!
Donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Donne-moi l'ardeur au combat.
Mon Dieu, mon Dieu, donne-moi la tourmente,
Donne-moi la souffrance,
Et puis la gloire au combat, et puis la gloire au combat.
(Tradução abaixo)
Meu Deus, meu Deus, me dê o tormento, me dê sofrimento, me dê o ardor para lutar. Meu Deus, meu Deus, me dê o tormento, me dê sofrimento e então glória na batalha, e depois glória na batalha. Meu Deus, meu Deus, me dê o tormento, me dê sofrimento, me dê o ardor para lutar. Meu Deus, meu Deus, me dê o tormento, me dê sofrimento E então glória na batalha, e depois glória na batalha. O que os outros não querem, o que nós recusamos, me dê tudo isso, sim, tudo isso. Não quero descanso nem saúde, tudo isso, meu deus, você já perguntou o suficiente. Mas me dê, mas me dê, Mas me dê fé, me dê força e coragem, mas me dê fé, me dê força e coragem, Mas me dê fé para eu ter certeza de mim mesmo! Me dê o tormento, me dê sofrimento, me dê o ardor para lutar. Meu Deus, meu Deus, me dê o tormento, me dê sofrimento E então glória na batalha, e depois glória na batalha.
(Voz de comando) – AUTO!
(Momento de silêncio – 40 segundos).
(Voz de comando) – Ordem aos eremitas que formam a cruz. AJOELHAR!!! (Som de botas batendo com força ao chão).
(Canto) – Eis o gládio de meu senhor sacral, gládio exterminador da Revolução, gládio da mais implacável demolição. Ow ow ow... da Revolução.
– Ah Gládio, atirai-vos! Ide para a direita e para a esquerda, para todas as faces onde se erguem os teus exércitos.
– Ah espada, espada afiada e polida, para matar as vítimas fostes aguçada, para resplandecer fostes polida!
– E ao senhor a entreguei para ser polida, para que fosse empunhada essa espada, afiada e polida, deve estar na mão daquele que MATA.
– Eu a aprovei! Ela romperá os séculos, e eis que não subsistirá.
– Que seja duplicado e triplicado esse gládio! O gládio da grande matança que aterroriza e faz afetar os corações! Gládio que multiplica ruínas.
– Ah, clama e brada, em foi desembainhado em todas as partes eu tripudiei o terror dessa espada pontiaguda.
– Contra toda carne foi desembainhada! E não voltará à sua bainha.
– Eu aplaudirei a minha cólera pelo senhor é que pai.
– Plinio Corrêa de Oliveira, espada desembainhada aguçada e limada.
– Plinio Corrêa de Oliveira, gládio que multiplica ruínas.
– Plinio Corrêa de Oliveira, templo magnífico e guerreiro cristão!
– Plinio Corrêa de Oliveira, increpador duro e terrível, fogo devorador!
– Plinio Corrêa de Oliveira, pedra de escândalo e sinal de contradição!
– Plinio Corrêa de Oliveira, vaso sagrado de ódio e de zelo, torre de fortaleza ante o inimigo!
– Plinio Corrêa de Oliveira, receptáculo de inconformidade sacral, brado de guerra que sobe aos Céus!
(Voz de comando) – Ordem aos eremitas que formam a Cruz, LEVANTAR!!!
(Som de botas batendo com força ao chão).
(Voz de comando) –Cavaleiros ao compasso! Marcar passo!
(Som de marcha).
(Voz de comando) Para formação em PONTA, MARCHE!
(Voz de comando) – Em frente!
(Música) Ow ow ow...
(Som de marcha).
(Voz de comando indecifrável).
(Voz de comando) – Volver!!!
(Voz de comando) – EM PONTA, MARCHE!
(BRADO COLETIVO)
(Voz de comando) – EREMITAS!
(Troca de música: Quem somos nós!)
Quem somos nós? Os que não dobram os dois joelhos, nem sequer um só diante de Baal. Os que temos a lei de Deus escrita no bronze de nossas almas e não permitimos que as doutrinas deste século gravem seus erros sobre este bronze...
(Voz de comando) – REVERÊNCIA!!!
... que a sagrada redenção tornou!
(Momento de silêncio).
– Utilizando misteriosa linguagem, e desvendando às gerações futuras a verdadeira estatura dos acontecimentos, um varão de Deus (Bem-aventurado Palau) proclamou com quase um século de antecedência a imensa grandeza de vosso holocausto, senhor.
– “O mundo há de ser redimido uma segunda vez, semelhante à forma com que foi da primeira, pois Satanás, seu verdadeiro tirano, foi novamente desencadeado.
– “E gozando de liberdade com as suas ações sobre seu cruel e despótico domínio...
– “... a igreja mudará uma segunda vez a face, mas antes deve descer ao silêncio do demônio, e tendo seus feitos destruídos, ela se recolherá à solidão da montanha. Ali receberá o Espírito Santo, e a plenitude de todos os dons de que precisa para salvar a sociedade moderna.
– “Haverá um anjo que descerá dos céus, ou seja, um homem com uma missão especial de Deus. Este homem será o restaurador! Há de ser um homem! Por que Deus decretou que os demônios sejam lançados no inferno por mãos do homem.
– “Quem será esse homem?
– “Será o restaurador prometido por Jesus cristo pela sociedade dissoluta e entregue à completa anarquia impotente por si mesma, para constituir uma ordem.
– “Será um apóstolo, um profeta, um Moisés, um Elias.” (Termina a proclamação das palavras do Bem-aventurado Palau).
– Ah, senhor e pai nosso (voltando-se para Plinio Corrêa de Oliveira), desde o momento de vosso encontro face a face com Deus, quem vos procura vos encontra a todo momento e em todo lugar.
– Mais do que nos estandartes que se erguem ao vento, vós estais vivo por inteiro na sagrada escravidão levada à sua plenitude.
– E em essência, senhor, essa graça vossos filhos fazem.
– Entretanto, nossos corações bradam e o universo clama por vossa vinda em pessoa.
– O Grand Retour nós o queremos receber pela virtude de vosso sacral olhar.
– A BAGARRE nós a queremos enfrentar com o gládio em vossas mãos.
– E o Reino de Maria, senhor, nós o queremos ver proclamar em pessoa.
– Vossa vinda há de ser o nosso Grand Retour!
– Vossa vinda senhor há de ser a Bagarre para a Revolução.
-Vossa vinda há de ser o Reino de Maria descido do Céus.
– Vinde, senhor, não tardeis!
– Vinde por que os tempos se cumprem.
– Vinde como os profetas que vos anunciaram.
– Vinde realizar vós mesmo as vossas profecias.
– Vinde para que sejam criadas as novas maravilhas de Deus, e renovada a face da terra.
– Vinde e reinai em nossos corações!
– Abri, senhor, as portas da SAGRADA ESCRAVIDÃO!
– Vinde e trazei convosco a graça do Grand Retour que tantas e tantas vezes nos prometestes.
– Vinde, senhor, vinde com vossa e nossa senhora, a Senhora Dona Lucília.
– Vinde com ela (inaudível)! “Viver é estar juntos, olhar-se e querer-se bem” (frase que Dona Lucília, mãe de Plinio, repetia muito).
– Senhor, vinde, vinde para serdes coroado por Maria Santíssima como um varão de Sua destra e senhor de todos os dons d’Ela.
– Vinde já, faça justiça para com os maus! E na vossa clemencia para os que vos esperam.
– Vinde e vingai! Vinde e destruí! Extirpai e queimai...
– Vinde e precipitai ao Inferno Satanás e todos os espíritos malignos que para a perdição das almas vagueiam pelos ares e pelo mundo!
– Vinde e tornai repleta a terra com vossa glória!
– Vinde, ó meu senhor sacral! Não tardeis! Nós vos suplicamos. Assim seja!
(Voz de comando) – Há momentos, minha mãe... (Oração composta por Plinio Corrêa de Oliveira com o objetivo de se alcançar a união de alma com ele).
(Todos) – ... em que minha alma se sente, no que tem de mais fundo, tocada por uma saudade indizível. Tenho saudades da época em que eu Vos amava e Vós me amáveis na atmosfera primaveril de minha vida espiritual. Tenho saudades de Vós, Senhora, e do paraíso que punha em mim a grande comunicação que tinha convosco. Não tendes também, Vós, Senhora, saudades desse tempo? Não tendes saudades da bondade que havia naquele filho que fui? Vinde, pois, ó melhor de todas as mães, e por amor ao que desabrochava em mim, restaurai-me: recomponde em mim o amor a Vós, e fazei de mim a plena realização daquele filho sem mancha que eu teria sido, se não fosse tanta miséria. Dai-me, ó Mãe, um coração arrependido e humilhado, e fazei luzir novamente aos meus olhos aquilo que, pelo esplendor de vossa graça, eu começara a amar tanto e tanto! Lembrai-Vos, Senhora, deste David e de toda a doçura que nele púnheis. Assim seja!
Domina Nostra a Santa Gesta, ora pro nobis!
Domina Nostra a Bonum Sucesso, ora pro nobis!
Senhora Dona Lucilia, mãe nossa, ajudai-nos!
Nosso pai e senhor, rogai por nós.
(Voz de comando) – Cavaleiros, Levantar (barulho de botas batendo com força ao chão).
– Cavaleiros, para colocar o Capuz...
(Voz de comando).
Dignare me pugnare pro te, Virgo Sacrata! (Dignai-vos lutar por vós, Virgem Sagrada!
(Todos) – Da mihi virtutem contra hostes tuos! (Dai-me força contra os vossos inimigos!).
Inimicitias ponam, ipsa conteret! (Porei inimizade, Ela esmagará).
(Barulho de botas batendo com força ao chão).
(Este documento é uma transcrição de uma fita k7 que foi gravada por volta do ano de 2001 na sede dos Arautos, conhecida como Êremo do São Bento, em São Paulo, Zona Norte).