Santo
do dia (Auditório da Santa Sabedoria) – 5/12/1968 –
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Santo do dia (Auditório da Santa Sabedoria) — 5/12/1968 — 5ª-feira
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Europeização: Arquitetura japonesa
Nós vamos ver, antes talvez de apresentar o assunto, de apresentar o quadro, talvez fosse interessante apresentar os aspectos doutrinários do assunto. Os comentários que eu vou fazer se ordenam a um aspecto doutrinário.
Os senhores sabem que a Idade Média se caracterizou, entre outras coisas, pelo regime feudal. Ma os senhores sabem também que o regime feudal não existiu só na Idade Média. Ele existiu também em várias outras nações antigas, sem essas ou aquelas características, mas regime autenticamente feudal.
Poder-se-ia fazer, por exemplo, um paralelo muito interessante entre a organização política e social da Índia dos marajás e o Sacro Império Romano Alemão, no sentido de que é a mesma junção de um número de Estados de tamanhos diferentes, apenas por um laço imperial que existia no Sacro Império Romano Alemão, mas o princípio particularista regional desenvolvido mais ou menos como no Sacro Império.
Bem, no Japão eles tiveram um feudalismo muito característico. Nós podemos nos perguntar como é que um povo pagão pode engendrar algo que nós supomos caracteristicamente da Civilização Cristã: isso é ou não é uma característica da Civilização Cristã.
A resposta parece simples a dar e ela se encontra em São Paulo. É uma resposta, um conceito que São Paulo dá que contém… [1/3 de linha em branco] …uma verdadeira teologia da História.
São Paulo diz que Deus deu aos gregos a filosofia e que deu a Revelação aos judeus.1
Aí os senhores estão vendo que há uma missão de caráter sobrenatural dada ao povo eleito; mas há uma missão de caráter natural para serviço da ordem sobrenatural, porque a filosofia é uma indagação puramente racional, não toma em consideração diretamente a Revelação. Há uma missão de caráter natural, dada a um povo que foi eleito num sentido minor da palavra, quer dizer, foi eleito para meros efeitos naturais, para elaborar uma filosofia da qual, séculos depois, São Tomás de Aquino tiraria a escolástica.
Nós vemos também que o Direito Romano foi elaborado pelos romanos com o mesmo, a mesma… o mesmo movimento da graça. Até se usou o Direito Romano para as leis da Igreja e para as leis dos países católicos, com maior ou menor amplitude, até a Revolução Francesa. E, por isso, nas Faculdades de Direito, ainda hoje se ensina o Direito Romano.
Quer dizer, a Igreja tomou o Direito Romano, purificou-o de toda espécie de escória, mas esses princípios fundamentais de Direito serviram à formação da civilização romana, ou da Civilização Cristã.
Bem, assim também o feudalismo foi, de algum modo, uma criação — de algum modo — uma criação do espírito germânico, uma criação que é de uma índole muito superior, a meu ver, ao próprio Direito Romano, e uma criação que foi feita sob o bafejo… uma criação natural feita sob o bafejo da graça, e que deu no feudalismo perfeito, que foi o feudalismo medieval.
Mas outros povos, para corroborar o princípio feudal, tiveram também o feudalismo, e o tiveram muito… [falta palavra] …muito belo e nós devemos ver alguma coisa disso no feudalismo do Japão.
O feudalismo no Japão, algo de feudal que ainda existe, a situação da ilha — são lições que servem para enriquecer a grande lição feudal da Idade Média, complementá-la. Então, alguns dos traços de alma do feudalismo japonês nós vemos nesses castelos do senhor feudal.
Os senhores vão ver como ele, como esse castelo tem algo daquilo que, com uma altaneria incomparável, em uma ordem muito maior, pelo batismo da Civilização Cristã, tiveram os castelos feudais da Europa.
Bem, eu não sei se para os senhores todos, os mais novos — eu suponho que nem todos foram alunos do professor Fedeli, por isso eu pergunto —, está bem claro o conceito de feudalismo.
Aqueles que… vamos dizer, para quem não estiver bem claro, e que para entender o audiovisual precisam de um esclarecimento, levantem o braço.
Bem, em duas palavras, os senhores têm o modelo do regime feudal na Igreja Católica.
Os senhores vêem na Igreja Católica o Papa, que é o Rei da Igreja, é o monarca universal da Igreja. Sob as ordens dele os senhores têm a Igreja dividida num mundo de principados, que são as dioceses.
Cada Bispo é príncipe na sua diocese. E, para os efeitos do governo local, o Bispo tem um poder próprio. Quer dizer o Papa nomeia o Bispo, mas o Papa não poderia suprimir a autoridade do Bispo dentro da Igreja Católica. Jesus Cristo instituiu e é de direito divino e até o fim do mundo haverá Bispos dentro da Igreja Católica.
E esses Bispos, embora a pessoa deles, para o cargo, seja nomeada pelo Papa, esses Bispos governam por um poder que Deus deu à ordem… que Jesus Cristo Nosso Senhor deu à ordem episcopal, que é o poder menos e local. É um poder assim exercido sob a direção do Papa, não só na esfera universal, mas até na própria esfera local.
Mas é um poder que tem sua altaneria. Quer dizer, se um Papa, por exemplo, entrasse na escolha do melhor lugar para construir uma catedral, exceto se houvesse nisso um interesse maior da Cristandade inteira, ele deveria ser obedecido, porque ao Papa se obedece, mas ele cometeria pecado. Por quê? Porque aquilo é da esfera episcopal que ele está invadindo.
Se o Papa, por exemplo, resolve mudar a hora das missas de uma catedral, e aí não entra um interesse especial da Cristandade; o Papa resolve mudar o palácio episcopal, o Papa resolve… homem, mil coisas do governo próprio de uma Diocese, ele resolve fazer — e são interesses puramente locais e não se trata da salvaguarda de um mandamento da Lei de Deus trata-se de uma mera questão de conveniência local —, simplificadamente exposta assim a coisa, ele cometeria uma exorbitância. Ele deveria ser obedecido, mas pecaria.
Os senhores estão vendo que há, portanto, uma monarquia geral dentro da qual estão encaixadas muitas monarquias locais. Monarquias que obedecem, mas que têm um âmbito próprio de ação. Isso é o feudalismo.
Os senhores, para compreenderem o feudalismo precisam imaginar não uma monarquia como a da Igreja, uma monarquia de pessoas, na qual são encaixadas outras monarquias de pessoas, mas os senhores têm que imaginar uma monarquia de família, na qual estão encaixadas outras monarquias de família.
A monarquia não é a forma de governo de um homem. É a forma de governo em que manda uma família, em que manda uma dinastia; isso é monarquia.
Os senhores imaginem então, no Brasil, para terem uma certa idéia, que em vez de ter Presidente da República, nós tivéssemos Imperador. Mas que, em vez de termos governadores de Estados, eleitos pelo povo ou nomeados pelo Imperador, nós tivéssemos dinastias locais governando os vários Estados. E os senhores imaginem que nos municípios houvesse dinastias municipais.
Então os senhores podem ter uma idéia do que seria um regime feudal. Esse regime, entre outras circunstâncias … [1/3 de linha em branco] …que ele confere muita autonomia, muita cor própria a tudo quanto é local, a tudo até regional e ele estimula um sentimento no senhor feudal, que é um sentimento de vassalagem, que contém ao mesmo tempo a noção da exigência e contém a noção da esfera própria e da autonomia.
Essa obediência, essa autonomia dentro da obediência, essa obediência dentro da autonomia, isso caracteriza realmente o regime feudal.
É um regime de equilíbrio muito delicado para ser mantido. E é por causa disso que, dentro da Igreja, existe um outro contrapeso para esse regime. E esse contrapeso são as ordens religiosas.
Para que alguns possam gozar da autonomia sem abuso, é preciso que outros sacrifiquem inteiramente sua liberdade, porque é só havendo alguns… ou melhor, o sacrifício de um direito até o extremo, que outros podem exercer esse direito sem chegar até o abuso.
Eu já tive ocasião, várias vezes, de expor esse pensamento aqui. Por exemplo, a fidelidade conjugal é mantida na Igreja, num certo plano de coisas pelo voto de castidade das pessoas que são das ordens religiosas no século.
Porque é por haver pessoas castas, que espalham na sociedade um perfume por onde os esposos conseguem ser fiéis. Quer dizer, para que alguns pratiquem bem o casamento, é preciso que outros renunciem a ele inteiramente. Para que alguns pratiquem bem a autonomia, é preciso que outros a ela renunciem inteiramente. E aí os senhores têm uma admirável harmonia das coisas dentro da Igreja Católica.
Bem, eu vou olhar aqui o lado autonomia, não vou olhar aqui o lado obediência inteira, que é característico das ordens religiosas.
Eu suponho ao menos assim, para uma vista d’olhos superficial, [que] essas noções estejam dadas. Eu passo a mencionar agora, antes que apaguem as luzes, as informações que me deram a respeito do castelo que vai ser projetado.
É um templo, não é um castelo? Bem, mas nós vamos ver que tem a mesma mentalidade.
Esse templo é de Ika Kujy — eu não sei se estou pronunciando bem, haverá aqui muita gente muito mais autorizada do que eu para pronunciar isto bem —, foi construído em 1397 pelo xogum — o xogum não era exatamente um senhor feudal, como está aqui na ficha, era o defensor da autoridade temporal era uma espécie de primeiro ministro vitalício… [1/3 de linha em branco] …nos jardim de seu palácio.
Ficou famoso por ser uma fusão do gosto aristocrático da época com o estilo do budismo zen. Os segundo e terceiro andares são folheados a ouro e laca.
Bem, a época do xogum é a época do feudalismo. E o … [falta palavra] …penetrou profundamente em todas as construções do tempo. De maneira que não sendo o famoso castelo feudal, não me lembro bem como chama, que é conhecidíssimo, nesse tempo podemos ver nele algo da altaneria feudal, da qual nós acabamos de falar.
— — —
Faça o favor de baixar aqui a…
Se quisesse apagar … [1/3 de linha em branco] …também.
Não, não é isso não.
— — —
Eu preciso refazer meu comentário.
Não é o templo que eu pensava e isso não vem a propósito do feudalismo. É um muito bonito templo japonês, em que se reflete bem o espírito japonês da arte, do gosto japonês, mas em que o feudalismo propriamente dito não encontra sua expressão. É uma coisa diferente.
Em todo caso, os senhores notem então a parte em laca vermelha, que aqui não se vê e depois a parte folheada a ouro.
Quais são as características…então eu vou inverter completamente meu comentário. Quais são as características que se podem notar nesse edifício?
Eu tenho impressão de que a primeira característica que nele se faz notar é a seguinte: as coisas japonesas e chinesas, num dado concreto, uma coisa japonesa, têm uma nota e um sabor próprio à contemplação muito grande. Os senhores estão vendo que não se pode chamar isso propriamente de uma … [falta palavra] … A chopinière [sic?] sem nenhum lugar de contemplação, que não está impregnado de nenhum modo de valores de alma e no qual o indivíduo se escarrapacha para sentir apenas o seu próprio corpo. Mais ou menos como um crocodilo à beira d’água, chocando, à distância, uma crocodila, as suas ovas e que fica ali embaixo do sol, sentido-se a si mesma. Ou mais prosaicamente um porco no chiqueiro.
Bem, assim é … [falta palavra] … Aqui não. Os senhores notarão talvez a proximidade da água e de uma água tão parada que na sua superfície se formou toda uma vegetação um pouco … [falta palavra] … estagnada.
Depois, o local está escolhido entre essa água parada e depois esse matagal denso atrás, que dá idéia de uma dessas florestas em que o homem quando entra se sente meio isolado: essa casa, colocada a meio fio entre a meditação que se debruça sobre a água, ou toma uma barquinha, uma piroga e vai lentamente, com um remo, caminhando sobre a mansa superfície das águas; essa casa é cheia de sugestões, é cheia de conotações que convidam para a reflexão.
Os senhores notarão, além do mais, o seguinte: que essa tendência para a reflexão é acentuada pelos beirais aqui, e aqui, e aqui, aonde é mais visível, beirais dos telhados, que são muito característicos do estilo japonês: levantados, depois descem para cá.
A gente tem impressão de uma espécie de gráfico da alma meditativa, que está posta na terra, mas da qual algo se levanta para uma ordem superior. E isso repetido: um, dois, três, quatro, em vários ângulos do edifício, culminando com essa parte alta aqui. Isso tudo indica bem o caráter contemplativo e … [falta palavra] … sugere.
Os senhores notem também aqui esses terraços feitos para a pessoa sair do quarto, mas não sair inteiramente de dentro de casa, ficar mais ou menos olhando para fora, mas numa relativa comunicação com o seu próprio aposento, e os senhores notem como essa parte de baixo é toda enfeitada, convidando a quem está dentro a permanecer, a contemplar essa coisa bonita, junto com o resto da paisagem, e ter, de um só golpe de vista e numa só análise mental, o que tem de bonito a sua casa, juntamente com o que tem de bonito o panorama.
Os senhores compreendem bem por aí quanto isso convida para a contemplação.
Por outro lado, os senhores notarão que a leveza do estilo confere a essa contemplação uma nota própria: a de que não é uma contemplação tristonha, não é uma contemplação aborrecida. É uma contemplação entretida, é uma contemplação ao longo da qual se tem um sorriso para algo de ameno e algo de gracioso.
Não é, de nenhum modo, por exemplo, aquilo que eu considero por excelência a contemplação, e que é a grande contemplação beneditina.
Aqui é uma outra vista do mesmo edifício, não é?
Os senhores vejam como o comentário se … [falta palavra] … Os senhores vejam aqui os beirais, mesmo os terraços, depois esses dois andares, os isolamentos que são possíveis aqui, o lago, os senhores vejam como isso se justifica.
Bem, os senhores notam, mais na outra fotografia do que nesta, a leveza…
— — —
Podia voltar um pouco para a outra fotografia, por favor?
— — —
… é mais acentuada.
— — —
Não sei se mecanicamente dá para voltar.
— — —
Os senhores vêem aqui, o edifício se revela mais esguio, mais alto, menos achatado e à guisa de colunas, tem aqui algumas muito leves. Mas esta parte aqui nem se apóia em coluna nenhuma.
A gente tem impressão de um edifício que flutua um pouco no ar, uma coisa ligeira, quase que mais se diria um castelo de papel do que qualquer outra coisa.
E a ligeireza é acentuada por este toldo que, se eu não interpreto mal a fotografia, é um lugar onde devem ancorar as embarcações para as pessoas descerem, mas que também… ou é uma ponte que abriga… eu não estou vendo bem. Parece que é uma ponte levadiça, não? Não sei como interpretar isto aqui. Não dá muito bem.
[Alguém comenta algo.]
Como é? É aqui parece um terraço, sem dúvida. Aqui parece ser uma ponte para o terraço.
— — —
Agora volte para a outra, faça o favor.
— — —
Mesmo nesse ângulo em que o prédio é mais pesado, a nota de leveza continua
Agora, há uma coisa que é o começo do desagradável dentro disso. Por detrás dessa leveza e por detrás desse sorriso, a gente nota um certo mistério. E esse mistério não faz sorrir.
A gente nota qualquer coisa de, não sei, que deixa um fundo de mal estar e que é exatamente o caráter ocultista e budista das práticas e das cerimônias que aqui se realizam.
Os senhores vêm uma figura aqui no alto, que não está muito clara, mas enfim, parece um pássaro, uma espécie de cegonha, está aí no alto, e é manifestamente um ídolo.
Os senhores notam tudo fechado, num prédio onde as coisas não são feitas para serem abertas — se se abrir a coisa, ela perde a sua beleza — e os senhores notam que os sorrisos que se evolam disso, [são] sorrisos que têm qualquer coisa de infeliz. É aquela coisa inerente ao budismo que considera que a criação é um mal, que a existência é uma tristeza e que nós todos temos que caminhar para uma grande re-incorporação naquilo que eles chamam de nada, e que é uma espécie de panteísmo.
Este templo, por mais gracioso que seja, e por mais que ele reflita o que há de nobre e digno na alma japonesa, este templo tem em si qualquer coisa de inexorável tristeza do budismo, do fatalismo, da entrega que é própria ao budismo.
Tem mais algum quadro desse ou não, hein, João?
Então passa outro.
Olhe a nota de tristeza, a meu ver se insere mais ainda com essa iluminação. Eu acho que ela se torna quase patente com essa iluminação.
É verdade que é uma iluminação moderna, que não é uma iluminação feita pelos que idearam o prédio. Mas o próprio da iluminação moderna é pôr muito à luz o espírito do prédio.
E tanto, tanto é que os senhores têm isso, que o espírito das catedrais e castelos antigos ressalta muito mais com luz.
O mistério da noite parece casar-se bem com o mistério que há aí dentro. Qualquer coisa infunde um certo medo e repele.
Tem mais alguma, João? Como?
Ah! os senhores vejam a leveza que não poderia se exprimir de um modo mais gracioso, não é verdade? Os senhores vejam essa ponta de telhado, esse azulado.
A fotografia apanhou muito bem também as pontas … [falta palavra] … e essas lanterninhas. Tudo é leve. Tudo é gracioso, para um povo do qual é próprio não ser hercúleo, mas do qual é próprio o jeito e habilidade para tocar as coisas.
Pode tocar.
Os senhores vejam até que ponto essa idéia de leveza está desenvolvida na alma desse povo. É uma casa achaparrada, com um telhadão. Na arte moderna, que monstro não se faria para isso, sob pretexto de funcionalidade. Vejam como é gracioso.
Pode passar.
É evidente que o pessegueiro ou a cerejeira em flor acrescenta uma graça extraordinária a isso.
Pode tocar.
Para que dizer algo, não é? Parece que a preocupação do leve foi levada aí até o desafio às regras da gravidade. O eixo é um pouco da torre e Pisa … [1/3 de linha em branco] …
Os senhores estão vendo como o edifício se projeta caprichosamente. Aqui os senhores tomem a linha base, como o edifício está fora da linha base.
Bem, mas não se tem a sensação de algo que vai cair, de precariedade, de instabilidade. É quase uma brincadeira que faz sorrir. É um verdadeiro mimo.
Bem, os senhores notem agora aqui o seguinte: façam uma comparação disso com o gótico. No dia em que o Japão ficasse católico, ele teria que renunciar a isso?
A resposta seria: de modo nenhum. Aqui se poderia fazer um santuário a Nossa Senhora. E o gênio católico encontraria um meio de exprimir de dentro disso o sobrenatural, aperfeiçoando esse sistema artístico, levando-o a uma beleza própria extraordinária maior ainda do que está aqui, mas sem destruir isso.
Só há um sistema artístico que é incompatível radicalmente com a doutrina católica: é a arte moderna. Isso sim.
Pode passar adiante, se houver ainda.
Bem, tudo o que eu disse sobre a leveza ficou superado por esta fotografia.
Bem, aí os senhores entendem bem o que há de naturalmente digno, de louvável, na alma de um povo, até mesmo quando esse povo é pagão e se entrega a uma má religião.
E os senhores vêm como isso é diferente do satanismo da arte moderna. A gente sente a satanicidade da arte moderna considerando isso.
Bem …
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1 Esta frase textual não foi encontrada em São Paulo. A mais próxima é a seguinte [1 Cor, 1, 21 a 24]: “Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem. Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos — quer judeus quer gregos—, força de Deus e sabedoria de Deus.”
Auditório da Santa Sabedoria